TAIPA DE PILÃO...


Acredita-se que seja empregado desde tempos imemoriais no Oriente, sendo do conhecimento do Império Romano. No Norte da África a técnica da taipa de pilão vem sendo milenarmente utilizada.

Incombustível e isolante térmico por natureza, a taipa foi empregue na arquitectura de fortificações por diversos povos desde a Idade Antiga, destacando-se a China, que a utilizou em extensos trechos da Muralha da China, e a cultura islâmica, inclusive em algumas fortificações na península Ibérica, em particular na região do Algarve, tendo sido os mouros os responsáveis pela sua introdução na península Ibérica.

A técnica da taipa de pilão foi trazida ao Brasil pelos portugueses e largamente utilizada no período colonial, sobretudo na região Sudeste, onde grande parte das igrejas e construções de dois ou mais pavimentos foram edificadas com a técnica de taipa-de-pilão.

Pesquisas sobre o manejo dessa técnica, e de outras em terra crua, como o adobe e o pau-a-pique, contribuíram para o uso atual e difusão das mesmas. O aprimoramento do manejo e uso de equipamentos vem possibilitando construções modernas em taipa em vários países como os Estados Unidos da América, a Alemanha, a Austrália, a Nova Zelândia, o Chile e outros. Esse desenvolvimento tem possibilitado intervenções de conservação e restauração em construções históricas e também novas construções.

A simplicidade, o baixo custo e resistentência (desde que bem isolada), faz com que a taipa seja aplicada ainda hoje em diversos tipos de edificações do Brasil, principalmente regiões de climas quentes e secos com baixos índices de pluviosidade. Tradicionalmente é isolada com cal, em aplicações repetidas com regularidade, podendo ainda ser revestida com pedras.

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