ORA-PRO-NOBIS?


... (Pereskia aculeata), do latim "rogai por nós", é uma cactácea, um cacto trepadeira, com folhas. Tem grandes Espinhos podendo ser usada em cercas-vivas, se desenvolvendo bem tanto na sombra como no sol. A propagação se dá por estacas. Dizem que seu nome foi criado por pessoas que colhiam a planta no quintal de um padre, enquanto ele rezava: Ora pro nobis. O nome científico é uma homenagem ao cientista francês Nicolas Claude Fabri de Pereisc, e o termo aculeata vem do latim e significa espinho, agulha.

É um vegetal rico em ferro, ajuda a curar anemias das mais graves. Usa-se como o orégano, em forma de folha seca e moída. Também usada no preparo da farinha múltipla, complemento nutricional no combate à fome.

A variedade tem flores brancas, suas folhas podem ser ingeridas refogadas ou mesmo cruas, as flores também são comestíveis. Serve para alimentação animal, in natura ou na ração.

O fruto, alaranjado quando maduro, possui espinhos. Muito rica em lisina, é conhecida também como "carne de pobre". Não confundir com a grandiflora ou a bleo que têm flores rosa. (muito comuns no Brasil, e difíceis de serem diferenciadas sem a florada, não havendo estudos que atestem seu uso na alimentação humana.)

Festival
Há sete anos,inspira a realização de um festival que atrai centenas de turistas a Sabará, a 25 quilômetros de Belo Horizonte, na região metropolitana, mais precisamente no bairro Pompeu.

SALADA DE FLORES

Uma novidade que não será mostrada no festival vem de longe, em São Paulo, desenvolvida e testada pelo pesquisador Nikolaos Argyrios Mitsiotis. O pesquisador, de origem grega, tenta descobrir os segredos do ora-pro-nobis há três anos. Em meio às suas andanças e observações sobre as propriedades do ora-pro-nobis aplicadas à apicultura, acabou criando um prato novo, desta vez com as flores da planta, que ostenta o nome cientifico de Pereskia aculeata.
Segundo Mitisiotis, as saladas de flores podem ser de dois valores nutritivos. Se colhidas pela manhã, bem cedo, antes de serem visitadas pelos insetos polinizadores, a salada guardará mais proteínas. Afinal, em cada flor existe, aproximadamente, de 15 a 20 miligramas de néctar.Se as flores forem coletadas mais tarde, depois de exploradas pelos insetos, a salada será saborosa, mas de valor nutritivo menor. O pólen é quase proteína pura, e, não sendo coletado, confere um sabor, levemente adocicado, o que é agradável ao paladar. "Tempera-se com limão ou vinagre de maçã. Eu, pessoalmente, prefiro temperá-la com limão cravo e, junto, uso algumas folhas de rúcula, para dar um sabor picante", diz.
As saladas também podem ser feitas com os botões das flores, ensina o pesquisador. Neste caso, colhe-se os botões até três dias antes de se abrirem em flores, mergulha-se na água fervente, durante, no máximo 30 segundos. Dá até para fazer conservas de botões de ora-pro-nobis, garante Mitsiotis. Um detalhe: é preciso cortar os ovários espinhentos dos botões, antes de os refogar, coar temperar e servir. Estes podem ser armazenados na geladeira por dias. Bem-humorado, o pesquisador conta que ainda não batizou sua iguaria. Pensa em chamá-la salada do apicultor, antossalada, antossalada grega, ou antossalada da elite. Quem quiser dar uma opinião e até mesmo saber mais detalhes sobre esta diferente forma de usar o ora-pro-nobis, pode escrever para nikeeper@ig.com.br

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