ARTESANATO BRASIL!

24/04/2012 - Artesanato movimenta R$ 50 bilhões por ano O talento dos artesãos brasileiros está quebrando recordes. A expectativa é de que as peças criadas por eles movimentem mais de R$ 50 bilhões neste ano, dinheiro que alimentará uma cadeia regional de artistas e contribuirá para difundir manifestações multiculturais para todos os cantos do Brasil e, sobretudo, do exterior. O interesse dos consumidores é tamanho, que a 6ª Feira Internacional de Negócios de Artesanato (Finnar), que acaba amanhã em Brasília, contabilizará movimento sem precedentes deverá movimentar mais de R$ 4 milhões — 33% a mais do que em 2011. O evento reúne 450 artesãos nacionais de 22 estados brasileiros e do Distrito Federal. Também estão presentes artistas de 26 países, dos quais as atenções estão voltadas, principalmente, para Rússia, Índia, China e África do Sul, nações que, com o Brasil, formam o grupo Brics. Segundo o coordenador da Rodada de Negócios da Finnar, Roberval Aquino, o objetivo é ampliar as relações comerciais, desenvolver novos negócios e ser um instrumento de contrapartida entre os grandes varejistas e os artesãos. A parceria está dando tão certo, que o Quilombo Kalunga, de Goiás, já está fechando negócios diretamente com revendedores de todo o mundo. Essa relação foi criada nas feiras anteriores. "A ideia é justamente essa, fazer a ponte entre os artesãos e os grandes compradores", disse Aquino. Há dois anos, representantes do governo norte-americano levaram à feira diversos interessados no artesanato brasileiro, que se tornaram os principais compradores dos produtos quilombolas. Charton Gallisa, coordenador da feira, não tem dúvidas: "Mais importante do que a venda durante o evento é a possibilidade de o artesão selar negócios a médio e a longo prazos. Ele destacou ainda que a intenção da presidente Dilma Rousseff de estreitar os laços com o Brics foi prontamente atendida pela Finnar. Mas o melhor, para a clientela, foi o fato de os estandes da Rússia, da Índia, da China e da África do Sul oferecerem produtos a preços baixos. Varejistas e decoradores, alguns de grandes empresas, fizeram a festa. "A expectativa é ampliação da pauta comercial do artesanato entre as nações do Brics", acrescentou. Patrícia Santana, coordenadora do Projeto Caras do Brasil, do grupo Pão de Açúcar, disse fazer questão de estar presente nas rodadas de negócios. Ela contou que já fez parcerias que renderam ao grupo cerca de R$ 3 milhões com a comercialização dos artesanatos. "Neste ano, é a vez da sustentabilidade. Estou avaliando produtos feitos com materiais reciclados", explicou. A fabricação de pesos de porta a partir de sacolas de malote doados a artesãos pela Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) foi uma das ideias que atraiu o interesse de Patrícia . "Ainda não fechamos acordo, mas a probalidade de incluirmos o peso de porta em nossa linha de artesanatos é muito grande", adiantou. A artesã Lourdes Félix Augusto, de 63 anos, ficou feliz com a aprovação. "Precisamos manter as vendas em alta por muitos meses e assegurar o acesso de grandes mercados aos nossos produtos", comentou. A estudante Luiza Rodrigues, 15 anos, assumiu uma das 800 vagas de emprego temporário oferecidas pela organização da Feira Internacional. Ela foi convocada para trabalhar no estande da Turquia. Thalia Anieli, 15, também faz parte da equipe. "Participar da feira é muito bom. Sem contar que vou ganhar uma gratificação em dinheiro", comemorou. Ambas receberão R$ 500, pelos 10 dias trabalhados. Autor (es): » ANA CAROLINA DINARDO / JORGE FREITAS Correio Braziliense Fonte: Planejamento.gov

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